Covid-19: Seris reforça assistência ao reeducando com espaço reservado aos casos suspeitos

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Chefia do Núcleo Ressocializador adaptou espaço para acolher reeducandos que apresentarem sintomas da Covid-19; unidade passa por reforma

A Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) segue firme no enfrentamento à Covid-19. Além das medidas de prevenção adotadas desde o início da pandemia, como a higienização regular de todas as unidades, agora a Seris já dispõe de mais um espaço reservado ao tratamento dos reeducandos que apresentam sintomas de síndrome gripal, bem como daqueles que testarem positivo para coronavírus, sem a necessidade de deslocamento – para atendimento médico especializado – dentro do próprio sistema prisional.

O espaço no Núcleo Ressocializador da Capital (NRC) – que passa por ampla reforma – tem 19 alojamentos, todos adaptados às necessidades dos profissionais de saúde que acompanham os reeducandos. Segundo a chefe do NRC, policial penal Larissa Minin, a ideia é otimizar o tratamento ofertado à população carcerária, contribuindo também com a assistência prestada pela equipe do hospital de campanha, que concentra a maioria dos reeducandos contaminados.

“Nós percebemos que os reeducandos tinham receio de relatar que sentiam os sintomas da Covid-19. Foi quando decidimos adaptar o ambiente que tínhamos disponível para ofertar o atendimento necessário na própria unidade”, recorda a gestora, destacando o empenho de todos os profissionais envolvidos. “Abraçamos a ideia e, graças ao empenho de toda a equipe, os seis custodiados que tiveram a doença já foram curados”, conta a policial penal.

Reconhecimento

E o depoimento do reeducando Valmir de Farias é a prova do trabalho de excelência desenvolvido pela Seris. Portador de deficiência física, Valmir tem apenas um rim e um dos pulmões. Mesmo integrando o grupo de risco, ele venceu a Covid-19 e, em carta entregue à direção da unidade, agradeceu a todos os servidores penitenciários por sua recuperação.

Nela, Valmir descreve sua batalha contra a doença e a importância do apoio que recebera dos servidores. “Lutamos contra um ser invisível, cruel e aterrorizador. Chegou a pandemia que todos nós esperávamos que não chegasse. E chegou a mim, cadeirante, com um só pulmão e um rim. Tive todos os sintomas. Pensei que não iria sobreviver”, conta o reeducando na carta escrita de próprio punho.

Em outro trecho, ele relata o medo de não resistir à doença, destacando o tratamento ofertado pela equipe de saúde desde o surgimento dos primeiros sintomas. “Venci a Covid, e devo a minha recuperação não só à minha força de viver nesta guerra da vida, mas também àqueles que se empenharam em me salvar”, reforça Valmir

Para o enfermeiro Jefferson Duarte, que atua no NRC, a carta é o reconhecimento à luta dos profissionais de saúde da Seris em preservar a saúde de todos: servidores, reeducandos e visitantes. “É muito gratificante contribuir com a recuperação deles [custodiados] e, ao final, receber um agradecimento como este”.

Fonte: Saúde Alagoas

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