Segunda turma de educadores sociais participa de formação na Assistência Social

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Capacitação faz parte do plano de educação permanente que envolve a humanização do atendimento e melhoria da infraestrutura das unidades de acolhimento institucional

A segunda turma do curso voltado para os mais de 50 educadores sociais das sete unidades de acolhimento da Secretaria Municipal de Assistência Social participou nesta segunda-feira (4) da capacitação realizada no auditório da secretaria. O curso é uma iniciativa da Comissão de Educação Permanente e visa a humanização do atendimento.

A princípio, a formação vai abordar as questões socioemocionais dos educadores para nas fases seguintes apresentar as demandas atuais que lidam com a legislação e a política de Assistência Social brasileira que está regulamentada na Lei Orgânica da Assistência Social, conhecida como LOAS, ao criar o Sistema Único da Assistência Social.

O secretário Municipal de Assistência Social, Carlos Jorge, explica que a formação continuada faz parte do planejamento estruturado da Assistência Social com a reativação da Comissão de Educação Permanente, responsável pela organização da capacitação de todos os servidores da secretaria, que integram a Proteção Social Básica e a Proteção Social Especial. Além disso, o trabalho foca ainda na recuperação da infraestrutura das unidades de acolhimento institucional.

“A gente está começando neste semestre a fazer algumas intervenções. A primeira delas foi na Casa de Passagem Manoel Coelho Neto, na infraestrutura. Em breve estaremos reinaugurando o espaço. Como continuidade dessas melhorias estamos realizando essa capacitação que é de extrema importância para fazer essa renovação de saberes e novas experiências profissionais”, enfatiza o secretário.

Uma das educadoras sociais presentes na formação foi Fabrícia Cardoso, que trabalha no Viva a Vida. Para ela, a importância de participar do curso é aprimorar o trabalho realizado no atendimento prestado às mulheres vítimas de violência doméstica e aos seus filhos, que também sofrem com as agressões sofridas pelas mães.

Educadora Social, Fabrícia Cardoso, trabalha com mulheres vítimas de violência doméstica. Foto: Ascom Semas

“Como educadores precisamos saber acolher essa realidade e lidar com ela para ajudar essas vítimas. Meu trabalho consiste em acolher mulheres vítimas de violência, dando todo o suporte necessário. Ficamos a maior parte do tempo mostrando às usuárias que elas estão seguras”, comenta Fabrícia.

A psicóloga Sofia Grimberg é a técnica de referência das unidades de acolhimento institucional. A formação é realizada por ela e pela psicóloga Verônica Serpa. Sofia destaca o papel desempenhado pelos educadores sociais ao interagir com crianças e adolescentes.

“Buscamos trabalhar a questão do desenvolvimento infantil, as questões socioemocionais que precisam ser trabalhadas com esses jovens e com a equipe. É importante também falar diretamente com as unidades que acolhem adultos. Fazemos esse trato de como podemos trabalhar a questão emocional de cada indivíduo”, explica Sofia.

A psicóloga enfatiza ainda a importância da parceria com a Rede de Atenção à Vítima de Violência Sexual. “Estamos também com a parceria com a RAAVS na orientação ao atendimento às vítimas de violência sexual. O objetivo é fornecer ferramentas necessárias para que possam desenvolver o trabalho com excelência. Salientamos a preocupação com o educador social. Ele tem o papel de cuidador e nós, enquanto Comissão de Educação Permanente, estamos tendo o olhar cauteloso e de cuidado para com eles”, conclui Sofia.

A educadora Denise Monteiro de Carvalho trabalha há 10 anos no Acolher. Para ela, participar da formação é primordial para a humanização do atendimento às crianças. “Acredito que essa capacitação irá nos dar um suporte maior de conhecimento em relação a como conviver com essas crianças e ter uma nova visão sobre o trabalho da Assistência Social, do que é conviver com essas crianças numa unidade de acolhimento”, revela Denise.

Unidades de acolhimento institucional

A Assistência Social de Maceió possui sete unidades de acolhimento que compreendem instituições denominadas de casas de passagem que acolhem crianças, adolescentes, jovens e adultos que perderam o vínculo familiar a indivíduos e famílias que viviam em situação de rua.

As turmas de educadores sociais são formadas por profissionais da Rubens Colaço, que atende meninos e meninas de zero a seis anos de idade. Acolher, meninos de 7 a 18 anos. Luzinete Soares, meninas de 7 a 18 anos. Casa Lar, grupo de irmãos entre 6 a 18 anos. Viva a vida, mulheres vítimas de violência doméstica. Casa de passagem familiar, famílias que estavam em situação de rua. E a Casa de Passagem Professor Manoel Coelho Neto, que acolhe adultos, sendo homens e mulheres que viviam em situação de rua.

Cícero Rogério / Ascom Semas

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