Salas de Recursos Multifuncionais auxiliam quase 3 mil alunos especiais em Maceió

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As Salas de Recursos Multifuncionais foram especialmente desenvolvidas para organizar e apoiar a oferta ao Atendimento Educacional Especializado (AEE). Trata-se de um auxílio prestado de forma complementar aos alunos com deficiências, altas habilidades e superdotação, matriculados de forma regular, em classes comuns da Rede Municipal de Ensino da capital alagoana. Adesão às salas especiais cresce e quase 3 mil alunos especiais recebem a devida aprendizagem de forma humana e capaz.

Conforme dados da Coordenação de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação, com a implementação das salas, estes alunos passam a ter acesso e condições de aprendizagem asseguradas pelo Município de Maceió.

Tendo a inclusão como uma das modalidades de ensino que foram abraçadas na gestão do prefeito JHC, a adesão de Salas de Recursos cresceu mais de 20% nos últimos três anos. Ainda de acordo com dados da Semed, atualmente a Rede Municipal possui 88 salas que atendem cerca de 2.902 estudantes do AEE.

Para a professora Cristiane Lima, que atua atendendo crianças do AEE, na Escola Municipal Antídio Vieira, localizada no Trapiche da Barra, o programa se traduz em um ganho muito importante para a Educação Especial, pois auxilia não somente os alunos, mas também aos professores e responsáveis.

“As Salas de Recursos Multifuncionais são importantes porque antes de tudo elas funcionam como uma rede de apoio. Quando o professor nota que um aluno tem alguma dificuldade, ele encaminha para a gente e nós fazemos uma análise, junto da família deste aluno. E em conjunto com uma equipe multidisciplinar de inclusão, nós encontramos o melhor caminho para lidar com as necessidades daquela criança”, explicou a educadora.

Quase 3 mil alunos especiais recebem a devida aprendizagem de forma humana e capaz. Foto: Emmanuelle Lima / Ascom Semed

Por se tratar de um programa com foco a inclusão de alunos do Atendimento Educacional Especializado (AEE), a dinâmica de ensino precisa passar por um extenso processo de adaptação. Isso quer dizer, segundo Cristiane Lima, que é psicopedagoga, que cada criança tem sua especificidade. Uma peculiaridade bem particular de cada uma.

“Ao passar pela equipe multidisciplinar conseguimos entender melhor as características daquele aluno, se ele realmente tiver uma patologia, ele passa por diversos profissionais. Muitas vezes, os pais percebem que as crianças precisam de atendimento, mas por falta de recursos, eles se limitam a procurar ajuda”, emendou Cristiane Lima.

Na sala de recursos, é incentivada a ampliação do repertório de leitura, a prática da escrita, o estímulo de produção textual, além do desenvolvimento da escrita e oralidade. Lá, os alunos são motivados no desenvolvimento do espírito crítico, na ampliação do vocabulário e na promoção de interação com textos verbais e não verbais.

Kayo, 13, é um aluno com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e passa as tardes na sala de recursos da Escola Antídio Vieira, que ainda atende a outros 17 estudantes. Com os olhos brilhando e cheia de orgulho Cristiane Lima ressaltou que, os alunos têm uma alta capacidade de ensinar. Kayo é um deles e o retorno é garantido.

“Nós chegamos aqui com toda uma situação preparada e quando apresentamos para eles, eles correspondem de uma forma surreal, é muito prazeroso fazer esse trabalho, porque a gente sabe que está ajudando o aluno, o professor e a família dele. Estou muito orgulhosa desse trabalho que está sendo feito”, concluiu a professora.

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